segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Op art

O que é 

                Op art, também conhecida como Arte Óptica, é um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas. Este movimento artístico teve inicio na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaro Victor Vasarely.

Características principais 

- Uso de recursos visuais (cores, formas, etc.) para provocar ilusões óticas.

- As imagens parecem ter movimento.

- Combinações de formas geométricas simples como, por exemplo, quadrados, retângulos, círculos e triângulos.

- Em muitas obras, o observador deve se movimentar para visualizar os efeitos da pintura ou escultura. Desta forma, o observador participa ativamente.

- Uso de linhas paralelas sinuosas ou retas.

- Uso de poucas cores, sendo o preto e o branco as mais usadas.

- Imagens ocultas que podem ser vistas somente de determinados ângulos ou através da focalização de determinadas áreas da obra.

- Contraste de cores.

Principais artistas 

- Victor Vasarely - artista e designer gráfico, é considerado o pai da op-art. Começou a fazer este tipo de arte na década de 1930.

- Bridget Riley - pintor inglês

- Jesús Soto - escultor e pintor venezuelano

- Yaacov Agam - artista israelense

- Richard Allen - artista britânico

- Tony Delap - artista norte-americano

- Josef Albers - artista alemão

- Heinz Mack - artista plástico alemão

Você sabia?

                Uma das principais exposições de op art ocorreu no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque em 1965. Conhecida como "The Responsive Eye", a exposição contou com a participação de vários artistas importantes.


Renascimento

Introdução

                Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.

Contexto Histórico

                As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

                Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

                Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

Características Principais:

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. Os homens renascentistas, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

                Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos. 

Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:

- Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

- Fra Angelico (1395 - 1455) - pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: A coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

- Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.

- Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.

- Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.

- Giogrio Vasari - (1511-1574) - além de pintor foi um importante biógrafo da vida de vários artistas renascentistas. Entre suas obras principais, podemos citar: Adoração dos magos e Perseu e Andrômeda.

O Renascimento em outras regiões da Europa

- Holanda (Países Baixos): Erasmo de Roterdã foi um dos principais representantes da filosofia e literatura renascentista nos Países Baixos. Humanista e fervoroso crítico social, sua principal obra foi Elogio da loucura. Já no campo das artes plásticas, podemos destacar o pintor holandês Jan Van Eyck, cuja obra principal e mais conhecida é O Casal Arnolfini.

- Espanha: Na literatura podemos destacar o escritor Miguel de Cervantes, autor da conhecida obra Dom Quixote de la Mancha. Nas artes plásticas, destaca-se o pintor El Greco, autor de A Ascensão da Virgem, Adoração dos reis magos, El Expolio, entre outras.

- França: no campo da literatura renascentista francesa, podemos destacar o escritor e padre François Rabelais, autor da série de romances Gargântua e Pantagruel. Outro importante escritor renascentista francês foi o filósofo Montaigne, autor de Ensaios.


- Inglaterra: William Shakespeare foi o grande destaque da literatura inglesa renascentista. Considerado também um dos maiores escritores de todos os tempos, é autor de muitas obras famosas como, por exemplo, Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O Rei Lear e Macbeth.

Abstracionismo

                  
                  Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através de formas irreconhecíveis. O formato tradicional (paisagens e realismo) é deixado de lado na arte abstrata.

Origem 

            A arte abstrata surgiu no começo do século XX, na Europa, no contexto do movimento de Arte Moderna. O precursor da arte abstrata foi o artista russo Kandinsky. Com suas pinceladas rápidas de cores fortes, transmitindo um sentimento violento, Kandinsky marcou seu estilo abstracionista.

            Outro artista que ganhou grande destaque no cenário da arte abstrata do começo do século XX foi o holandês Piet Mondrian.

Reações contrárias 

            Quando a arte abstrata surgiu no começo do século XX, provocou muita polêmica e indignação. A elite europeia ficou chocada com aqueles formatos considerados “estranhos” e de mau gosto. A arte abstrata quebrou com o tradicionalismo, que buscava sempre a representação realista da vida e das coisas, tentando imitar com perfeição a natureza.

Estilo 

            Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas, que visualizam a obra, uma série de interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas. 

Arte Abstrata no Brasil 


            No Brasil, a arte abstrata ganhou força a partir da I Bienal de São Paulo (1951). Entre os artistas brasileiros de arte abstrata, podemos destacar: Antônio Bandeira, Ivan Serpa, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Valdemar Cordeiro, Lígia Clarck e Hélio Oiticica. Estes dois últimos fizeram parte do neoconcretismo.

MINIMALISMO – MINIMAL ART

Compreende-se como Minimalismo, uma linguagem estética e artística que se desenvolveu a partir da década de 1950 e 1960 e que em muito influencia o design contemporâneo.
A minimal art é considerada uma arte “limpa” por desfazer-se dos elementos excessivos no processo de produção, reduzindo a obra de arte a um objeto puro e completamente inteligível, concebido na mente antes de sua produção.
Esteticamente, esse novo movimento trouxe muitas inovações e ao mesmo tempo sofreu duras críticas por sua “técnica” de produção. Na pintura e na escultura, passa-se a utilizar materiais industriais para compor os objetos, como ferro galvanizado, aço laminado a frio, cubos de poliestireno, chapas de cobre, tubos fluorescentes, tinta industrial, concreto e outros tipos de insumos. Além disso, o artista se retira do processo de produção da obra, atuando no papel de idealizador de um projeto, onde a finalização dela como produto é responsabilidade de terceiros.
Um exemplo mais claro dessa ausência do artista é uma obra intitulada Die, de Tony Smith. A obra foi originalmente idealizada em 1962, mas o objeto projetado pelo artista só foi produzido em 1998, após a sua morte, sob uma encomenda da viúva do escultor e arquiteto, e consiste pura e simplesmente em um cubo de aço que hoje está exposto em Nova Iorque. Nesse sentido, a Minimal chegou a não ser considerada como arte, por ser compreendida como uma arte vazia de significado e inovação plástica, pela utilização dos materiais e os objetos trabalhados. Essa crítica passou a ser desconstruída a partir de uma publicação da crítica e historiadora de arte Barbara Rose, intitulada ABC Art.
Os conceitos da ABC Art, possuem características estéticas tão fortes que passam a influenciar também outros ramos das artes, como música e dança. Na música, inicia-se uma discussão sobre o que ela é e como ela se forma. Nesse contexto, algumas composições de artistas com Philip Glass utilizam-se de arranjos com poucas notas, acordes simples e muitas repetições, com uma estrutura modular. Na dança, nomes como Yvonne Rainer e Lucinda Childs destacam-se por trabalhar a desconstrução dos movimentos e dos bailarinos em suas coreografias. A primeira procura reduzir o corpo humano aos movimentos que ela julga serem essenciais e primários: ficar de pé, correr e andar, de um modo inexpressivo o suficiente para deixar de lado a presença do bailarino.
No Brasil, a Minimal também refletiu seus princípios, destacando-se artistas como Ana Maria Tavares, com obras como Corrimão (1996) e Desviantes (da série Hieróglifos Sociais, de 2011), Carlos Fajardo – com fortes referências às esculturas de John McCracken e Lary Bell – Fabio Miguez e Carlito Carvalhosa – que chegou a expor uma de suas obras produzidas com tecido TNT em Nova Iorque.

De maior presença nos objetos visuais da vida cotidiana, a publicidade e propaganda e o design gráfico incorporaram certos aspectos do minimalismo, traduzido para sua forma de composição, reduzindo os excessos da imagem para extrair o que mais chama atenção, respeitando os aspectos principais da cor, a imagem se torna um emaranhado de objetos gráficos individuais que toma forma de uma imagem conhecida do público apenas pela sua organização no espaço.