segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MINIMALISMO – MINIMAL ART

Compreende-se como Minimalismo, uma linguagem estética e artística que se desenvolveu a partir da década de 1950 e 1960 e que em muito influencia o design contemporâneo.
A minimal art é considerada uma arte “limpa” por desfazer-se dos elementos excessivos no processo de produção, reduzindo a obra de arte a um objeto puro e completamente inteligível, concebido na mente antes de sua produção.
Esteticamente, esse novo movimento trouxe muitas inovações e ao mesmo tempo sofreu duras críticas por sua “técnica” de produção. Na pintura e na escultura, passa-se a utilizar materiais industriais para compor os objetos, como ferro galvanizado, aço laminado a frio, cubos de poliestireno, chapas de cobre, tubos fluorescentes, tinta industrial, concreto e outros tipos de insumos. Além disso, o artista se retira do processo de produção da obra, atuando no papel de idealizador de um projeto, onde a finalização dela como produto é responsabilidade de terceiros.
Um exemplo mais claro dessa ausência do artista é uma obra intitulada Die, de Tony Smith. A obra foi originalmente idealizada em 1962, mas o objeto projetado pelo artista só foi produzido em 1998, após a sua morte, sob uma encomenda da viúva do escultor e arquiteto, e consiste pura e simplesmente em um cubo de aço que hoje está exposto em Nova Iorque. Nesse sentido, a Minimal chegou a não ser considerada como arte, por ser compreendida como uma arte vazia de significado e inovação plástica, pela utilização dos materiais e os objetos trabalhados. Essa crítica passou a ser desconstruída a partir de uma publicação da crítica e historiadora de arte Barbara Rose, intitulada ABC Art.
Os conceitos da ABC Art, possuem características estéticas tão fortes que passam a influenciar também outros ramos das artes, como música e dança. Na música, inicia-se uma discussão sobre o que ela é e como ela se forma. Nesse contexto, algumas composições de artistas com Philip Glass utilizam-se de arranjos com poucas notas, acordes simples e muitas repetições, com uma estrutura modular. Na dança, nomes como Yvonne Rainer e Lucinda Childs destacam-se por trabalhar a desconstrução dos movimentos e dos bailarinos em suas coreografias. A primeira procura reduzir o corpo humano aos movimentos que ela julga serem essenciais e primários: ficar de pé, correr e andar, de um modo inexpressivo o suficiente para deixar de lado a presença do bailarino.
No Brasil, a Minimal também refletiu seus princípios, destacando-se artistas como Ana Maria Tavares, com obras como Corrimão (1996) e Desviantes (da série Hieróglifos Sociais, de 2011), Carlos Fajardo – com fortes referências às esculturas de John McCracken e Lary Bell – Fabio Miguez e Carlito Carvalhosa – que chegou a expor uma de suas obras produzidas com tecido TNT em Nova Iorque.

De maior presença nos objetos visuais da vida cotidiana, a publicidade e propaganda e o design gráfico incorporaram certos aspectos do minimalismo, traduzido para sua forma de composição, reduzindo os excessos da imagem para extrair o que mais chama atenção, respeitando os aspectos principais da cor, a imagem se torna um emaranhado de objetos gráficos individuais que toma forma de uma imagem conhecida do público apenas pela sua organização no espaço. 

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