terça-feira, 13 de junho de 2017

Surrealismo

Sonhos, fantasias, devaneios, inconsciência, ausência de lógica, formaram as bases das criações do movimento surrealista. Fundado em Paris em 1924 o Surrealismo engrossou os movimentos de vanguardas do início do século XX. André Breton foi seu principal porta-voz e lançou, naquele mesmo ano, o primeiro e principal manifesto - o Manifesto Surrealista. Entre seus mais marcantes expoentes nas Artes Plásticas estão: Salvador Dali (1904-1986), Max Ernst (1891-1976), René Magritte (1898-1967), André Masson (1896-1987), Joan Miró (1893-1983). Alguns críticos e autores da arte associam o nome de Frida Kahlo (1907-1954) ao movimento Surrealista, no entanto a própria artista não se considerava uma surrealista, pois estava interessada em retratar suas dores e tragédias pessoais.
            Os artistas ligados a esse movimento rejeitavam os valores e os padrões impostos pela sociedade burguesa, seguindo a exploração dadaísta de tudo o que fosse subversivo na arte. Fortemente influenciados pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, os surrealistas seguiram alguns métodos para impedir o controle do consciente na ação artística, desprendendo o inconsciente.
            Como parte do seu processo artístico, os artistas desse movimento também exploravam o imaginário dos sonhos como um atributo inquietante e bizarro da vida diária, chegando pedir que pessoas comuns descrevessem suas experiências oníricas como uma forma de montarem arquivos para suas produções. Assim os surrealistas concebiam o inconsciente como um meio de imaginação, as formas e imagens não poderiam prover da razão, mas de impulsos e sentimentos irracionais e surreais.
            Os artistas desse movimento se diferenciavam quanto ao estilo adotado. Enquanto as formas e linhas de Masson provinham de pincelados livres, Magrite e Dalí tinham imagens realistas criando cenas oníricas.
Resultado de imagem para a persistência da memoria
            A obra “A persistência da memória” de Salvador Dalí é uma das mais representativas desse movimento. Os três relógios derretidos juntamente a uma espécie de autorretrato do artista representam o Surrealismo de Dalí diante da irrelevância da passagem do tempo que dizia não perceber e que não tinha nenhum significado para ele. Uma curiosidade sobre esta obra conta que numa tarde quente em seu ateliê, Dalí teve um delírio ao ver um queijo derretendo em função do forte calor. Nascia aí à ideia para de pintar os relógios derretidos e associá-los a passagem do tempo.

            Não há uma data que determine o fim do Surrealismo, pois influencia até o presente, artistas de todo mundo. No Brasil é possível encontrar características do Surrealismo nas obras de Tarsila do Amaral e Ismael Nery.

terça-feira, 21 de março de 2017

FOVISMO


Fauvismo é uma tendência estética da pintura, surgida no final do século XIX e desenvolvida no início do século XX, que tinha por características principais o uso exacerbado de cores fortes e o teor dramático nas obras.
            O movimento foi tipicamente francês, iniciou-se por parte dos artistas da época que se opunham a seguir a regra da estética impressionista, em vigor na época. A tendência foi considerada movimento artístico apenas em 1905.
            O Fauvismo, ou Fovismo, tinha temática leve, baseada na alegria de viver e nas emoções, e não tinha fundamentação ou intenção crítica nem política. A gradiente de cores é consideravelmente reduzida nestas obras, mas o papel das cores é extremamente importante nelas, pois eram responsáveis pela noção de limites, volume, relevo e perspectiva. Além disso, as cores não tinham relação direta com a realidade, não correspondiam à cor real do objeto representado.
            O início do movimento, no final do século XIX, teve como representantes precursores Paul Gauguin e Vincent Van Gogh. Os estilos destes dois renomados artistas exerceram forte influência sobre os adeptos do Movimento Fauvista. O Fauvismo influenciou muito a ruptura da arte moderna com a antiga estética vigente, além disso, modificou a idéia de utilização das cores nas artes plásticas.
            O termo surgiu de uma expressão pejorativa, utilizada pelo crítico de arte Louis Vauxcelles ao ver uma obra de Henry Matisse, em 1905, no Salão de Outono, em Paris. A expressão utilizada pelo crítico, “Les Fauves”, significa “os selvagens”. Apesar dos artistas seguidores e dos adeptos do movimento renegarem a nomenclatura, esta acabou ficando na história da arte.
            Para o movimento Fauvista, as criações artísticas não possuem relação com intelecto ou sentimentos, ou seja, a criação artística deve ser livre e espontânea, baseada no instinto, nos impulsos primários. Também as cores, era levada amplamente em consideração a larga preferência por cores puras, elas são exaltadas no Fauvismo, e linhas e cores não possuem uma ordem predeterminada, são empregadas nas obras da mesma forma primária e instintiva que fazem crianças e selvagens, como diziam os próprios artistas.
            Algumas das características físicas da pintura fauvista são o colorido brutal, as pinceladas violentas e definitivas, irrealidade na correspondência das cores da realidade com a representação e a pintura por manchas largas, na formação de grandes planos.

            Os principais nomes do Fauvismo foram Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Georges Braque, Andre Derain, Jean Puy, Paul Cézanne, Henri Matisse, Kees van Dongen, Raoul Dufy e Georges Roualt.