segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Op art

O que é 

                Op art, também conhecida como Arte Óptica, é um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas. Este movimento artístico teve inicio na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaro Victor Vasarely.

Características principais 

- Uso de recursos visuais (cores, formas, etc.) para provocar ilusões óticas.

- As imagens parecem ter movimento.

- Combinações de formas geométricas simples como, por exemplo, quadrados, retângulos, círculos e triângulos.

- Em muitas obras, o observador deve se movimentar para visualizar os efeitos da pintura ou escultura. Desta forma, o observador participa ativamente.

- Uso de linhas paralelas sinuosas ou retas.

- Uso de poucas cores, sendo o preto e o branco as mais usadas.

- Imagens ocultas que podem ser vistas somente de determinados ângulos ou através da focalização de determinadas áreas da obra.

- Contraste de cores.

Principais artistas 

- Victor Vasarely - artista e designer gráfico, é considerado o pai da op-art. Começou a fazer este tipo de arte na década de 1930.

- Bridget Riley - pintor inglês

- Jesús Soto - escultor e pintor venezuelano

- Yaacov Agam - artista israelense

- Richard Allen - artista britânico

- Tony Delap - artista norte-americano

- Josef Albers - artista alemão

- Heinz Mack - artista plástico alemão

Você sabia?

                Uma das principais exposições de op art ocorreu no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque em 1965. Conhecida como "The Responsive Eye", a exposição contou com a participação de vários artistas importantes.


Renascimento

Introdução

                Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.

Contexto Histórico

                As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

                Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

                Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

Características Principais:

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. Os homens renascentistas, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

                Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos. 

Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:

- Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

- Fra Angelico (1395 - 1455) - pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: A coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

- Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.

- Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.

- Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.

- Giogrio Vasari - (1511-1574) - além de pintor foi um importante biógrafo da vida de vários artistas renascentistas. Entre suas obras principais, podemos citar: Adoração dos magos e Perseu e Andrômeda.

O Renascimento em outras regiões da Europa

- Holanda (Países Baixos): Erasmo de Roterdã foi um dos principais representantes da filosofia e literatura renascentista nos Países Baixos. Humanista e fervoroso crítico social, sua principal obra foi Elogio da loucura. Já no campo das artes plásticas, podemos destacar o pintor holandês Jan Van Eyck, cuja obra principal e mais conhecida é O Casal Arnolfini.

- Espanha: Na literatura podemos destacar o escritor Miguel de Cervantes, autor da conhecida obra Dom Quixote de la Mancha. Nas artes plásticas, destaca-se o pintor El Greco, autor de A Ascensão da Virgem, Adoração dos reis magos, El Expolio, entre outras.

- França: no campo da literatura renascentista francesa, podemos destacar o escritor e padre François Rabelais, autor da série de romances Gargântua e Pantagruel. Outro importante escritor renascentista francês foi o filósofo Montaigne, autor de Ensaios.


- Inglaterra: William Shakespeare foi o grande destaque da literatura inglesa renascentista. Considerado também um dos maiores escritores de todos os tempos, é autor de muitas obras famosas como, por exemplo, Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O Rei Lear e Macbeth.

Abstracionismo

                  
                  Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através de formas irreconhecíveis. O formato tradicional (paisagens e realismo) é deixado de lado na arte abstrata.

Origem 

            A arte abstrata surgiu no começo do século XX, na Europa, no contexto do movimento de Arte Moderna. O precursor da arte abstrata foi o artista russo Kandinsky. Com suas pinceladas rápidas de cores fortes, transmitindo um sentimento violento, Kandinsky marcou seu estilo abstracionista.

            Outro artista que ganhou grande destaque no cenário da arte abstrata do começo do século XX foi o holandês Piet Mondrian.

Reações contrárias 

            Quando a arte abstrata surgiu no começo do século XX, provocou muita polêmica e indignação. A elite europeia ficou chocada com aqueles formatos considerados “estranhos” e de mau gosto. A arte abstrata quebrou com o tradicionalismo, que buscava sempre a representação realista da vida e das coisas, tentando imitar com perfeição a natureza.

Estilo 

            Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas, que visualizam a obra, uma série de interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas. 

Arte Abstrata no Brasil 


            No Brasil, a arte abstrata ganhou força a partir da I Bienal de São Paulo (1951). Entre os artistas brasileiros de arte abstrata, podemos destacar: Antônio Bandeira, Ivan Serpa, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Valdemar Cordeiro, Lígia Clarck e Hélio Oiticica. Estes dois últimos fizeram parte do neoconcretismo.

MINIMALISMO – MINIMAL ART

Compreende-se como Minimalismo, uma linguagem estética e artística que se desenvolveu a partir da década de 1950 e 1960 e que em muito influencia o design contemporâneo.
A minimal art é considerada uma arte “limpa” por desfazer-se dos elementos excessivos no processo de produção, reduzindo a obra de arte a um objeto puro e completamente inteligível, concebido na mente antes de sua produção.
Esteticamente, esse novo movimento trouxe muitas inovações e ao mesmo tempo sofreu duras críticas por sua “técnica” de produção. Na pintura e na escultura, passa-se a utilizar materiais industriais para compor os objetos, como ferro galvanizado, aço laminado a frio, cubos de poliestireno, chapas de cobre, tubos fluorescentes, tinta industrial, concreto e outros tipos de insumos. Além disso, o artista se retira do processo de produção da obra, atuando no papel de idealizador de um projeto, onde a finalização dela como produto é responsabilidade de terceiros.
Um exemplo mais claro dessa ausência do artista é uma obra intitulada Die, de Tony Smith. A obra foi originalmente idealizada em 1962, mas o objeto projetado pelo artista só foi produzido em 1998, após a sua morte, sob uma encomenda da viúva do escultor e arquiteto, e consiste pura e simplesmente em um cubo de aço que hoje está exposto em Nova Iorque. Nesse sentido, a Minimal chegou a não ser considerada como arte, por ser compreendida como uma arte vazia de significado e inovação plástica, pela utilização dos materiais e os objetos trabalhados. Essa crítica passou a ser desconstruída a partir de uma publicação da crítica e historiadora de arte Barbara Rose, intitulada ABC Art.
Os conceitos da ABC Art, possuem características estéticas tão fortes que passam a influenciar também outros ramos das artes, como música e dança. Na música, inicia-se uma discussão sobre o que ela é e como ela se forma. Nesse contexto, algumas composições de artistas com Philip Glass utilizam-se de arranjos com poucas notas, acordes simples e muitas repetições, com uma estrutura modular. Na dança, nomes como Yvonne Rainer e Lucinda Childs destacam-se por trabalhar a desconstrução dos movimentos e dos bailarinos em suas coreografias. A primeira procura reduzir o corpo humano aos movimentos que ela julga serem essenciais e primários: ficar de pé, correr e andar, de um modo inexpressivo o suficiente para deixar de lado a presença do bailarino.
No Brasil, a Minimal também refletiu seus princípios, destacando-se artistas como Ana Maria Tavares, com obras como Corrimão (1996) e Desviantes (da série Hieróglifos Sociais, de 2011), Carlos Fajardo – com fortes referências às esculturas de John McCracken e Lary Bell – Fabio Miguez e Carlito Carvalhosa – que chegou a expor uma de suas obras produzidas com tecido TNT em Nova Iorque.

De maior presença nos objetos visuais da vida cotidiana, a publicidade e propaganda e o design gráfico incorporaram certos aspectos do minimalismo, traduzido para sua forma de composição, reduzindo os excessos da imagem para extrair o que mais chama atenção, respeitando os aspectos principais da cor, a imagem se torna um emaranhado de objetos gráficos individuais que toma forma de uma imagem conhecida do público apenas pela sua organização no espaço. 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

POP ART

           A Pop Art é uma escola que utiliza em suas representações pictóricas imagens e símbolos de natureza popular. Originado particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, este movimento foi assim batizado em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura em massa no hemisfério ocidental, especialmente aos produtos procedentes da América do Norte.
            Alguns criadores, inspirados no movimento dadaísta liderado por Marcel Duchamp, decidiram, em fins dos anos 50, se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Estes ícones abundantes no dia-a-dia do século XX detinham um alto poder imagético.
            A Pop art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura em massa, do culto às imagens televisivas, às fotos, às histórias em quadrinhos, às cenas impressas nas telas dos cinemas, à produção publicitária.
            Na década de 20, os filósofos Horkheimer e Adorno já discorriam sobre a expressão indústria cultural, para expressar a mercantilização de toda criação humana, inclusive a de cunho cultural. Nos anos 60 tudo é produzido massivamente, e cria-se uma aura especial em torno do que é considerado popular. Desta esfera transplantam-se a simbologia e os signos típicos da massa, para que assim rompam-se todas as possíveis barreiras entre a arte e o povo. Há um certo fascínio em torno do modo de vida da população dos EUA.
            Os artistas recorrem à ironia para elaborar uma crítica ao excesso de consumismo que permeia o comportamento social, estetizando os produtos massificados, tais como os provenientes da esfera publicitária, do cinema, dos quadrinhos, e de outras áreas afins. Eles se valem de ferramentas como a tinta acrílica, poliéster, látex, colorações fortes e calorosas, imitando artefatos da rotina popular.
            Estes objetos que integram o dia-a-dia da massa são multiplicados em porte bem maior, o que converte sua concretude real em uma dimensão hiper-real. Enquanto, porém, a Pop art parece censurar o consumismo, ela igualmente não prescinde dos itens que integram o circuito do consumo capitalista. Exemplo disso são as famosas Sopas Campbell e as garrafas de Coca-Cola criadas pelo ‘papa’ deste movimento, o artista Andy Warhol.
            Este ícone da Pop art inspirou-se nos mitos modernos, como o representado pela atriz Marilyn Monroe, símbolo do cinema hollywoodiano e do glamour contemporâneo, para produzir suas obras. Ele procurava transmitir sua certeza de que os ídolos cultuados pela sociedade no século XX são imagens despersonalizadas e sem consistência. Para isso o artista utilizava técnicas de reprodução que simulavam o trabalho mecanizado.

            Nesta salada imagética que constitui a pop art, o que antes era considerado de mau gosto se transforma em modismo, o que era visto como algo reles passa a ter a conotação de um objeto sofisticado. Isto porque estes artefatos ganham um novo significado diante do contexto em que são produzidos, e assumem, assim, uma valoração distinta.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Arte na Idade Média


Durante a idade medieval (séculos V-XIV) a arte se caracterizou pela integração da pintura, escultura e arquitetura. Nesse período, a igreja católica exerceu forte controle sobre a produção científica e cultural concretizando uma ligação entre a produção artística com o cristianismo. Isto proporcionou a predominância dos temas religiosos nas artes plásticas, na literatura, na música, na arquitetura e no teatro. O imaginário dessa época esteve sempre voltado para o teocentrismo (Deus como centro de tudo).
As artes que mais se destacaram na Idade Média foram as artes plásticas: arquitetura, pintura e escultura. Suas principais realizações foram as igrejas, podendo-se distinguir, nelas, dois estilos básicos: o românico e gótico.

ESTILO ROMÂNICO

Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).

Arquitetura
A construção da época foi fundamentalmente religiosa, pois somente a Igreja cristã e as ordens religiosas possuíam fundos suficientes ou pelo menos a organização eficiente para arrecadá-los e financiar o erguimento de capelas, de igrejas e de mosteiros.
Na arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas, quase sem reboco, e existiam poucas e pequenas janelas deixando seus interiores geralmente sombrios. Tanto as igrejas como os castelos passavam uma idéia de construções “pesadas”, voltadas para a defesa. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada das “forças do mal”, enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos ataques inimigos durante as guerras.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da arquitetura românica são:
-      Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
-      Pilares maciços que sustentavam as paredes espessas;
-      Aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
-      Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
-      Arcos que são formados por 180 graus.

A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.
Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.

Pintura e escultura
 Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura. A pintura românica desenvolveu-se, sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.
Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram à deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza.
Na porta, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.
                Mosaicos são pequenas pedras coloridas que colocadas lado a lado, vão formando o desenho. Usado desde a Antiguidade, veio do Oriente a técnica bizantina que utilizava o azul e dourado, para representar o próprio céu. No Ocidente foi utilizado principalmente nas igrejas.

ESTILO GÓTICO


                O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV) e floresceu nos mais diversos países europeus, em inúmeras catedrais, que até hoje causam admiração pela beleza, elegância, delicadeza e engenharia perfeita. As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia com que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos também foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados.

Características gerais do estilo gótico:
-      Verticalismo.
-      Arco quebrado ou ogival.
-      Abóbada de arcos cruzados.
-      O vitral.

Na arquitetura
Ao contrário da igreja românica, solidamente plantada na terra, a catedral gótica é um movimento em direção ao céu. Tanto no exterior como no interior, todas as linhas da construção apontam para o alto. Essa atração para cima é acentuada pelo uso de arcos pontudos (arcos ogivais), substituindo os arcos plenos do estilo românico. As abóbadas tornam-se mais leves que as do românico. Além disso, parte do seu peso é distribuída externamente, por meio de arcobotantes, apoiados em contrafortes. Com esta solução de engenharia, foi possível reduzir a espessura das paredes e colunas, abrir numerosas janelas e elevar o teto a alturas impressionantes. As paredes são rasgadas por imensos painéis de vidro (vitrais), que inundam de luz o interior, aumentando a sensação de amplidão no espaço interno. As alturas vertiginosas ressaltam a idéia da pequenez do homem, diante da grandeza de Deus. No exterior, as fachadas são quase sempre enquadradas por torres laterais, muito altas e arrematadas por flechas agudas. A tendência para o alto é reforçada por numerosas torrezinhas (pináculos), que terminam em flechas. Para se fazer uma ideia da aceitação do gótico, basta dizer que, só na França, entre 1170 e 1270, foram construídas mais de 400 igrejas e capelas neste estilo. Apesar do desprezo dos artistas do Renascimento, a arte gótica inventou soluções de arquitetura que só foram superadas no século XIX, com o uso do aço; e outras, só no século XX, pelo concreto armado. É ignorância ou preconceito chamar de atrasada uma sociedade capaz de realizar obras tão perfeitas.
Alguns exemplos da arquitetura gótica encontram-se na França nas catedrais de Notre-Dame de Reims, Notre-Dame de Paris, de Chartres, Saint-Chapelle de Paris, na Inglaterra nas catedrais de Norwich, Lincoln e Westminster em Londres. São exemplos significativos também os palácios da Justiça e do Louvre em Paris e o palácio dos Papas, de Avinhão na França.
 Na Itália, os edifícios em estilo gótico são de autoria de artistas que anunciavam o Renascimento. Como a Igreja de São Francisco de Assis, a catedral de Santa Maria Del Fiore e o Palazzo Vechi, em Florença e os palácios comunais de Bolonha, Pistóia e Perúsia.

Na pintura
A finalidade primordial da pintura gótica era ensinar a criação divina e, num sentido mais didático, narrar as Escrituras para o maior número de pessoas, quase sempre analfabetas. Os temas eram religiosos, tirados da tradição bizantina. Além das histórias da Bíblia, representava-se também a vida dos santos e a iconografia de Cristo, particularmente a crucificação, capítulo central da teologia da Idade Média.
                Embora as pinturas fossem frequentemente substituídas pelos vitrais, são comuns as pinturas em painéis de madeira e sobre relevos. As figuras adquirem mais naturalidade, e o colorido é mais vivo. Os pintores do gótico elaboraram uma pintura carregada de simbolismo, a fim de tocar emocionalmente o observador. São, também, notáveis as pinturas em manuscritos (iluminuras). No final do período, surge a preocupação com a perspectiva, melhorando as proporções entre figuras próximas e afastadas.

Na escultura
Em geral, a escultura gótica está integrada na arquitetura. A princípio, as estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. Eram estátuas-colunas. Aos poucos, ela foi-se libertando das rígidas formas românicas e adquirindo maior expressão, primeiramente, no rosto e, depois nos movimentos. Além dessa variação no tempo, há grande diferenciação de um lugar parara outro. Na fase final da Idade Média, as figuras já apresentam uma grande naturalidade. Os escultores buscavam dar um aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos). 
 A separação em relação à arquitetura torna-se um fato e as esculturas começam a se destacar como obras independentes. As roupas ficam mais pesadas e se multiplicam as dobras, que já não são lineares e rígidas, mas sim onduladas, expressivas e mais naturais.

DANÇA E MÚSICA MEDIEVAL

Durante toda a Idade Média, a música profana fez parte da corte medieval. Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era indispensáveis em cerimônias civis, militares, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, e também para animar os Cruzados quando partiam para a Terra Santa ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas.
Os jograis pertenciam à outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam, tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por trazerem as novidades e as notícias de outras terras.
A dança de roda é seguramente o tipo coreográfico mais difundido na Europa e em todo o mundo. A sua simplicidade contribuiu decerto para isso: os dançadores formam uma roda, intercalando os do sexo masculino com os do feminino. Na fórmula mais difundida, dão as mãos uns aos outros, virados para o centro do círculo, evoluindo a roda no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. De vez em quando, nas ocasiões em que a música o sugere, param e batem palmas, para de seguida retomarem o movimento circular.
Além da simplicidade, autores há que atribuem a sua divulgação ao valor mágico do círculo e da evolução em círculo. Seja como for, a roda é a mais primitiva forma de dança coletiva. O seu tipo medieval mais conhecido é a carole, que era seguramente cantada pelos dançadores, primeiro por um solista, a que respondiam depois todos os outros.
                No século XIV aparece entre os nobres, o Momo, um gênero de dança que serviu como base do futuro ballet-teatro. Era uma espécie de Carolas onde os participantes dançavam mascarados e disfarçados.
Nos bailes de Momos dançava-se a Mourisca, uma dança importada dos árabes, em ritmo binário, marcada por batidas dos pés ou, em caso de cansaço, dos calcanhares. O movimento da coreografia era o seguinte: bate-se o calcanhar direito (no chão) / bate-se o calcanhar esquerdo / bate-se os dois calcanhares (um no outro) / suspiro. Na verdade, as partituras indicam uma pausa no momento do suspiro. O momo tornou-se uma dança espetáculo quando começou a ser dançado como atração entre os pratos de um banquete.
          Já no final do século XV o momo estava estabelecido com firmeza nas cortes de príncipes. Apresentava, então diversos elementos dos ballets de corte (antecessores dos ballets de repertório), como dançarinos, cantores, músicos, carros, efeitos de maquinaria; mas faltava-lhes a "alma" do espetáculo: uma ação dramática coordenada e a diversidade das danças, pois apenas dançavam a Carola e a Mourisca.
No final da Idade Média a dança e a música tornaram-se parte de todos os acontecimentos festivos.

VESTUÁRIO MEDIEVAL
As roupas e os sapatos da época eram bastante volumosos e escondiam quase inteiramente o corpo, especialmente o da mulher. As mais jovens até chegavam a revelar o colo, mas a Igreja sempre desaprovou os decotes. Pode-se dizer também que já existia moda, naquele tempo, com a introdução de novidades na forma de vestidos, chapéus, sapatos, joias, etc.
Vestuário básico das mulheres incluía roupa de baixo, saia ou vestido longo, avental e mantos, além de chapéus com formas as mais variadas (imitando a agulha de uma torre, borboletas, toucas com longas tiras) e exagerados (em alguns locais foi preciso alterar a entrada  das casas para que as damas e seus chapéus pudessem passar). Na época, cabelos presos identificavam a mulher casada, enquanto as solteiras usavam cabelos soltos.
As cores mais usadas pelas mulheres eram o azul real, o bordô e o verde escuro. As mangas e as saias dos vestidos eram bufantes e compridas. As mais ricas usavam acessórios, como leques e joias.
Para os homens, o vestuário se compunha de meias longas, até a cintura, culotes, gibão (uma espécie de jaqueta curta), chapéus de diversos tamanhos e sapatos de pontas longas. Os tecidos variavam de acordo com a condição social dos cavaleiros, o clima, a ocasião e local e, nos dias de festa, por exemplo, usavam ricas vestimentas, confeccionadas com tecidos orientais, sedas, lã penteada e veludo. E festa é o que não faltava, o ano inteiro, nas feiras e nas datas religiosas e profanas da Europa Medieval. Tanto nos castelos quanto nas vilas, aldeias e cidades, em tempos de fartura, tudo era motivo para comer, beber e dançar, com fantasias, máscaras, procissões, muita alegria e até certos excessos.
Os camponeses, apesar do sofrimento e a da penúria, gostavam de festas, danças e músicas. Várias danças folclóricas europeias originam-se de festas e danças populares medievais.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

PIRÂMIDES DO EGITO


No Antigo Egito a religião professada era a politeísta – a qual consiste na crença de que existem vários deuses, sendo cada um considerado um ente singular e autônomo.
Os egípcios tinham como verdadeira a continuidade da vida após a morte, portanto devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada sua alma.

    
 
Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um intricado sistema de mumificação - processo artificial de se preservar o corpo humano da decomposição após a morte -, no qual o corpo era embalsamado e os órgãos retirados, pois os egípcios acreditavam que o corpo e a alma eram separados após a morte. O único órgão que permanecia no lugar era o coração, pois, segundo a tradição, o coração era o local onde residiam as emoções e assim ele não podia ser retirado, em seguida o corpo era envolto em faixas de linho branco.
Depois de finalizado este processo, o corpo – então denominado múmia - era colocado dentro de um ataúde, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. Na época, por ser um processo muito caro, apenas os faraós e os sacerdotes eram mumificados.
As pirâmides são edificações grandiosas arquitetadas em pedra, sua sustentação é retangular e possui quatro lados triangulares que afluem em direção ao seu ponto mais alto.
Existe a crença de que as pirâmides do Egito Antigo seriam monumentos funerários, apesar de alguns profissionais especializados defenderem a ideia de que se tratava de sepulcros suntuosos também utilizados como lugar de adoração a Deus.
As pirâmides foram estruturadas há aproximadamente 2700 anos, do princípio do antigo reinado até o próximo do período ptolomaico - referente à família macedônica que reinou no Egito, da morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C., até o país virar província romana.
Tinha por obrigação acolher e resguardar o corpo do faraó mumificado e seus objetos de uso pessoal – joias, utensílios de uso pessoal e outros bens materiais – da pilhagem dos túmulos.
As construções eram muito resistentes, vigiadas e o acesso era bastante dificultoso, tanto que os egípcios, para preservarem os segredos internos destas, davam cabo da vida dos engenheiros que as haviam edificado. Todos os meios possíveis eram usados para se evitar o acesso ao corpo mumificado do faraó e aos seus pertences.
Há conhecimento da existência de cem pirâmides no Egito, sendo a mais célebre a de Queóps – nome dado em homenagem ao mais rico dos faraós do Egito antigo -, a única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo. A Pirâmide de Queóps foi construída por volta de 2.550. A experiência foi passada de geração para geração - Quéfren, filho de Queóps, e Miquerinos, seu neto, concluíram as três pirâmides de Gizé.
Para se colocar em pé as três pirâmides, calcula-se que cerca de 30 mil egípcios trabalharam durante 20 anos, e a cada três meses havia uma troca de homens. Uma grande parte trabalhava no corte e transporte de blocos de pedras. Porém, não havia somente trabalhadores braçais, mas também arquitetos, médicos, padeiros e cervejeiros, pois se acredita que os homens que ali trabalhavam eram pagos com cerveja e alimentos, apesar das várias polêmicas existentes.


 

ROMANTISMO



Introdução

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.

O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.

As características principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

Música

Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.

Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

Teatro

Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL

Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do país. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso país e o cotidiano popular.

Artes Plásticas

As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são: A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.

Música Romântica no Brasil

A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.

Teatro

            Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.

ARTE CONCEITUAL




Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação à aparência da obra. O termo arte conceitual é usado pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em 1961, entre as atividades do Grupo Fluxus. Nesse texto, o artista defende que os conceitos são a matéria da arte e por isso ela estaria vinculada à linguagem. O mais importante para a arte conceitual são as ideias, a execução da obra fica em segundo plano e tem pouca relevância. Além disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista. Ele pode muitas vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade técnica específica. O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado antes de sua materialização.

Devido à grande diversidade, muitas vezes com concepções contraditórias, não há um consenso que possa definir os limites do que pode ou não ser considerado como arte conceitual. Segundo Joseph Kosuth, em seu texto Investigações, publicado em 1969, a análise linguística marcaria o fim da filosofia tradicional, e a obra de arte conceitual, dispensando a feitura de objetos, seria uma proposição analítica, próxima de uma tautologia. Como, por exemplo, em Uma e Três Cadeiras, ele apresenta o objeto cadeira, uma fotografia dela e uma definição do dicionário de cadeira impressa sobre papel.

O grupo Arte & Linguagem, surgido na Inglaterra entre 1966 e 1967, formado inicialmente por Terry Atkinson, Michael Baldwin, David Bainbridge e Harold Hurrel, que publica em 1969 a primeira edição da revista Art-Language, investiga uma nova forma de atuação crítica da arte e, assim como Kosuth, se beneficia da tradição analítica da filosofia. O grupo se expande nos anos 1970 e chega a contar com cerca de vinte membros. E Sol LeWitt, em Sentenças, 1969, sobre arte conceitual, evita qualquer formulação analítica e lógica da arte e afirma que "os artistas conceituais são mais místicos do que racionalistas. Eles procedem por saltos, atingindo conclusões que não podem ser alcançadas pela lógica".

Apesar das diferenças pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de revisão da noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa de ser primordialmente visual feita para ser olhada, e passa a ser considerada como ideia e pensamento. Muitos trabalhos que usam a fotografia, xerox, filmes ou vídeo como documento de ações e processos, geralmente em recusa à noção tradicional de objeto de arte, são designados como arte conceitual. Além da crítica ao formalismo, artistas conceituais atacam ferozmente as instituições, o sistema de seleção de obras e o mercado de arte. George Maciunas, um dos fundadores do Fluxus, redige em 1963 um manifesto em que diz: "Livrem o mundo da doença burguesa, da cultura 'intelectual', profissional e comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata... Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística, para ser compreendida por todos [...]". A contundente crítica ao materialismo da sociedade de consumo, elemento constitutivo das performances e ações do artista alemão Joseph Beuys, pode ser compreendida como arte conceitual.

Embora os artistas conceituais critiquem a reivindicação moderna de autonomia da obra de arte, e alguns pretendam até romper com princípios do modernismo, há algumas premissas históricas que podem ser encontradas em experiências realizadas no início do século XX. Os ready-mades de Marcel Duchamp, cuja qualidade artística é conferida pelo contexto em que são expostos, seriam um antecedente importante para a reelaboração da crítica dos conceituais. Outro importante antecedente é o Desenho de De Kooning Apagado, apresentado por Robert Rauschenberg em 1953. Como o próprio título enuncia, em um desenho de Willem de Kooning, artista ligado à abstração gestual surgida nos Estados Unidos no pós-guerra, Rauschenberg, com a permissão do colega, apaga e desfaz o seu gesto. A obra final, um papel vazio quase em branco, levanta a questão sobre os limites e as possibilidades de superação da noção moderna de arte. Uma experiência emblemática é realizada pelo artista Robert Barry, em 1969, com a Série de Gás Inerte, que alude à desmaterialização da obra de arte, idéia cara à arte conceitual. Uma de suas ações, registrada em fotografia, consiste na devolução de 0,5 metros cúbico de gás hélio à atmosfera em pleno deserto de Mojave, na Califórnia.

O brasileiro Cildo Meireles, que participa da exposição Information, realizada no The Museum of Modern Art - MoMA [Museu de Arte Moderna] de Nova York, em 1970, considerada como um dos marcos da arte conceitual, realiza a série Inserções em Circuitos Ideológicos. O artista intervém em sistemas de circulação de notas de dinheiro ou garrafas de coca-cola, para difundir anonimamente mensagens políticas durante a ditadura militar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Por que estudar arte?


3º Ano - Arte


Impressionismo

O impressionismo foi um movimento artístico (artes plásticas e música) que surgiu na França no final do século XIX. Este movimento é considerado o marco inicial da arte moderna. O nome “impressionismo” deriva de uma obra de Monet chamada Impressão, nascer do Sol (1872).

Características do impressionismo nas artes plásticas:

v  Ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens;

v  Uso de técnicas de pintura que valorização a ação da luz natural;

v  Valorização da decomposição das cores;

v  Pinceladas soltas buscando os movimentos da cena retratada;

v  Uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas.

 
Características do impressionismo na música:

v  Composições que buscam retratar imagens;

v  Títulos de peças que remetem a paisagens naturais;

v  Melodias sensuais e etéreas.

Principais artistas impressionistas e suas obras:

- Claude Monet : Estuário do Sena, Impressão, Nascer do Sol, Ponte sobre Hève na Vazante, Camille, O vestido verde, A floresta em Fontainebleu,  Mulheres no Jardim, Navio deixando o cais de Le Havre, O molhe de Le Havre.

- Edgar Degas: Retrato da família Bellelli, Cavalos de Corrida numa Paisagem, Cavalos de Corrida, Retrato de duas meninas, Paisagem, A banheira, A primeira bailarina.

- Pierre-Auguste Renoir: Mulher com sombrinha, O Camarote, Le Moulin de la Galette , Madame Georges Charpentier e suas filhas, Remadores em Chatou, Elizabeth e Alice de Anvers, A dança em Bougival, Mulher amamentando, As grandes banhistas, Menina com espigas, Menina jogando criquet, Ao piano, Odalisca, Retrato de Claude Renoir, Banhista enxugando a perna direita. 

- Édouard Manet: Os romanos, A decadência, O bebedor de absinto, Retrato do Sr. e Sra. Auguste Manet, O homem morto,  A música na Tulheiras, Rapaz em costume espanhol, Almoço na relva, Olympia, A ninfa surpresa, A leitura, O tocador de pífano, A execução de Maximiliano, Retrato de Émile Zola, Berthe Morisot de Chapéu Preto
 
Principais músicos impressionistas e suas obras principais:

- Claude Debussy: Prelúdio à Tarde de um Fauno, Estampes, Trois Images, La Mer, Sonata para Piano e Violino.

- Maurice Ravel: Jeux d'Eau, Bolero, Concerto para Piano em Sol Maior, Quateto de Cordas em Fá Maior, Rapsódia Espanhola.

Principais pintores impressionistas brasileiros:

- Eliseu Visconti: Mamoeiro, Dia de Sol, Na Alameda Teresópolis.

- Almeida Júnior: O Violeiro, Moça com livro, Arredores do Louvre, Fuga para o Egito, O descanso do modelo, Leitura, A Partida da Monção.

- Henrique Cavalleiro: A parisiense, Jardim de Luxemburgo e Nu.

- Vicente do Rego Monteiro: Vaso de Flores, Wilma, Dida, Mulher Sentada, Mulher com bola vermelha.